
As Micro e Pequenas Empresas (MPE) contribuíram para a geração de 30.496 empregos com carteira assinada no Ceará, no período de janeiro a agosto de 2025. O número corresponde a 75,26% do total de 40.518 formais criados no estado no período. É o que aponta o levantamento do Sebrae, realizado com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O estudo mostra ainda que a maioria dos empregos criados pelos pequenos negócios cearenses nos primeiros oito meses do ano vieram dos setores de Serviços, com 13.501 contratações, e da Construção, com 10.056 carteiras assinadas. Em seguida, aparece a Indústria da Transformação, com 3.084 empregos criados e o Comércio, com um saldo de 2.880.
Somente no mês de agosto, as MPE do Ceará registraram 4.970 admissões, respondendo por 71,68% do saldo total do estado, que foi de 6.933 empregos formais. Em seguida, aparecem as Médias e Grandes Empresas com 1.714 contratações no mês, as pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos, com 247 postos de trabalho gerados, e a Administração Pública, que registrou um saldo de apenas dois empregos no período.
Brasil

Em todo o país, cerca de 84,5% das contratações registradas em agosto foram realizadas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Ao todo, 147,3 mil empregos foram gerados no Brasil, de acordo com levantamento do Sebrae, dos quais 124,4 mil vieram dos pequenos negócios.
Principal gerador de novos postos de trabalho no país entre as MPEs, somente o setor de Serviços foi responsável, em agosto, pela contratação de 62,5 mil registros, seguido pelo Comércio, com 30,3 mil registros; e pelo setor de Construção, com 21 mil registros.
No somatório dos primeiros oito meses do ano, foram criados 982,9 mil postos de trabalho nas micro e pequenas empresas (MPEs), que corresponde a 65,44% dos cerca de 1,5 milhão de empregos formais gerados no país no período.
Sobre o Caged
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), instituído pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, foi criado como instrumento de acompanhamento e fiscalização mensal das admissões e dispensas de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A partir de 1986 passou a ser utilizado como suporte ao pagamento do seguro-desemprego e, mais recentemente, tornou-se um relevante instrumento à reciclagem profissional e à recolocação do trabalhador no mercado de trabalho.
O cadastro constitui importante fonte de informação do mercado de trabalho de âmbito nacional e de periodicidade mensal. Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído gradativamente pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações por meio do eSocial.