
A atividade turística não depende somente dos atrativos de um destino turístico. Trata-se de uma grande cadeia produtiva que proporciona experiências aos turistas e visitantes, com impacto na imagem, na economia e no desenvolvimento do território.
O fortalecimento desse ecossistema produtivo passa pelo processo de organização de atrativos e serviços em rotas temáticas, a chamada roteirização. Envolve planejamento, promoção, comercialização e uma governança local, com atores do setor público, da iniciativa privada e da sociedade civil.

O Ceará conta com oito rotas turísticas estruturadas com o apoio do Sebrae/CE. Uma delas é a Rota das Tradições, que reúne atrativos de Icó, Iguatu, Jucás e Orós. A escolha do nome da Rota leva em conta o forte vínculo entre os municípios, conectados pela antiga linha férrea e pela sua riqueza histórica e cultural.

Cada município tem riquezas e particularidades que se somam para oferecer um roteiro atrativo para os visitantes. Icó, com seu centro histórico tombado pelo Iphan, casarões coloniais, igrejas centenárias e o famoso Teatro Ribeira dos Icós. Orós, com seu Açude de mesmo nome, um dos maiores reservatórios do Nordeste e que marca a união da natureza exuberante com a intervenção humana.

Jucás se destaca como centro do turismo religioso no Centro-Sul, graças ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo, grandioso espaço de devoção e mirante para contemplar a bela vista de toda a região. Já Iguatu, importante polo econômico regional, tem na gastronomia um dos seus principais atrativos, sendo uma referência pela quantidade e qualidade dos empreendimentos.

A união entre tradição, cultura, beleza natural, gastronomia e hospitalidade possibilita que a Rota das Tradições proporcione experiências turísticas autênticas também no interior do estado, além de se configurar um importante ativo para o desenvolvimento socioeconômico do Centro-Sul cearense.
Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE
