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Trade apoia o uso das “Film Commissions” como atrativo para o Turismo do Estado

Film commissions são órgãos governamentais que atuam para estimular a produção audiovisual em determinadas regiões
Por Redação
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O nome ainda é estranho e novo. Afinal, o que são as film commssions? Na verdade, film commissions são órgãos governamentais que atuam como políticas públicas para estimular a produção audiovisual em determinadas regiões do Brasil. Elas têm como objetivo atrair produções para as localidades onde atuam, beneficiando a economia e a cultura local. 

Já há algum tempo que o país percebeu que a articulação entre produções audiovisuais e os cenários usados por elas podem vir a ser, de acordo com as emoções que despertam nos espectadores, destinos turísticos que os visitantes consideram que têm potencial para lhes oferecer novas experiências e gerar desejos de viagem para conhecer as locações utilizadas nestas produções.

É daí que surge o chamado turismo audiovisual. Essa prática turística representa um incremento do fluxo de turistas ao destino apresentado num filme, série ou jogo, que visitantes passam a querer conhecer e vivenciar paisagens e experiências que serviram como pano de fundo para suas produções audiovisuais favoritas (cinema, TV, games, novas mídias).

Esse segmento do turismo já é uma das principais tendências nos mercados mundiais e o Brasil, apesar do enorme potencial, precisa criar as condições necessárias para atrair produções internacionais, bem como promover e circular as produções audiovisuais com potencial de gerar interesse do turista estrangeiro. Uma das condições necessárias é fortalecer a rede de film commissions (FC) no país.

Apresentada ao trade local pela atriz, apresentadora, cineasta e produtora brasileira, formada em cinema pela Universidade Gama Filho, Joana Limaverde, uma estudiosa do assunto. Ela não esconde que lamenta a quantidade de recursos que o Estado deixa de angariar e de movimentar a economia, simplesmente por não investir na atração destas produções.

-Toda produção audiovisual gasta em torno de 78% em áreas ligadas ao turismo como hotéis, alimentação, transporte, passagens, enfim, movimentam a economia da locação onde estão trabalhando. Além disso, ao ser exibida, o filme pode despertar em quem assiste o desejo de visitar aquele lugar, suas cultura, seus moradores, um incremento a mais, também, na economia,” explica.

Ela reforça ainda que as produções precisam pagar para ter a autorização em filmar na localidade escolhida, o que agrega um valor a mais, financeiro, ao Estado e Prefeitura.

Considerando à vinculação ao poder público, seja municipal, seja estadual, levantamento da Embratur buscou saber a qual órgão e/ou secretaria estão ligadas as film commissions. Elas vinculam-se às Secretarias de Cultura e Economia Criativa, às Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo, ou às Secretarias de Turismo e uma indicou vínculo à prefeitura local.

O mesmo estudo da Embratur mostrou que, dentre as parcerias com o trade turístico, foram indentificadas relações com associação de gastronomia local, agencias locais de fomento ao turismo, rede hoteleira, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SINDTUR), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Convention & Visitors Bureau e secretarias municipais de turismo para a realização de um Tour por locais que serviram de cenário para produções, com interatividade.

– O Ceará precisa agilizar os processos para receber produções e começar a usar essa ferramenta que, além de recursos garante visibilidade”, explicou Joana Limaverde.

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