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Sebrae/CE e ArcelorMittal iniciam capacitação para mães atípicas e mulheres vítimas de violência doméstica

Ao todo, são 40 mulheres beneficiadas, em duas turmas: 20 pela manhã e 20 à tarde.
Por Redação
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Em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza, existem duas instituições que fazem um trabalho incrível de apoio e acolhimento: a AMAI (Associação de Mães Atípicas e Inclusão) e a Casa da Mulher Gonçalense, que atua no suporte a vítimas de violência doméstica.

Assim que Cláudia Jane, analista do Escritório do Sebrae/CE na Região Metropolitana conheceu as duas instituições, começou a pensar numa parceria com a ArcelorMittal, para garantir a continuidade do trabalho que as duas casas já faziam no município.

Após muita conversa e aplicação de pesquisa junto às mulheres atendidas pelas duas instituições, todos optaram por criar uma trilha visando oferecer formação em gestão e capacitações socioprofissionais adequadas às necessidades e realidades dessas mulheres; além de fortalecer os espaços de apoio que já atendiam essas mulheres da AMAI e da Casa da Mulher Gonçalense; pensaram em estimular a troca de experiências e o fortalecimento de redes de contato entre essas mulheres e parceiros envolvidos de forma a incentivar a autonomia financeira e a independência emocional delas.

Foi então criada uma programação formada por 3 etapas: 1ª etapa: ações que visam a capacitação gerencial dessas mulheres; 2ª etapa: ações de qualificação técnica: cursos de design de sobrancelha e técnicas básicas de manicure e pedicure; 3ª etapa: ações de crédito.Cláudia Jane, analista idealizadora da ação, comenta que quando da aula inaugural, todos viveram momentos de troca e integração. Muitas mulheres possuem medida protetiva e enxergam a trilha como uma oportunidade de recomeço. Um fator interessante é que pensamos em várias formas de ajudá-las a se manter em sala de aula, como ofertando lanche e espaço kids para as mãezinhas que não tinham com quem deixar seus filhos.

Mas como se tratam de crianças neurodivergentes, que não podem ter sua rotina quebrada, logo no primeiro dia enfrentamos um problema com uma criança que gritava muito, querendo ir embora, mas depois aceitou ficar e acabou dormindo no colo da mãe.

Para solucionar a dificuldade, muita empatia e colaboração. As aulas passaram a ser ministradas com as luzes apagadas e todos falando bem baixinho, com cuidado para não acordar a criança. Tanta colaboração emocionou Claúdia Jane que testemunhou: “É minha primeira ação com um público subrepresentado e posso dizer, que está sendo uma das melhores experiências em meus 13 anos de Sebrae/CE”, explicou.

Ao todo, são 40 mulheres beneficiadas, em duas turmas: 20 pela manhã e 20 à tarde. Serão dois meses de atividade e o encerramento será no dia 29 de novembro.

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