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Negócios de Impacto e os desafios a serem superados

Artigo do superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, aborda desafios dos negócios na área do empreendedorismo social
Por Joaquim Cartaxo
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Aqui, já versei sobre o crescimento do empreendedorismo social, que se acentua pela busca por transigir a viabilidade financeira do negócio com o desenvolvimento de ações capazes de mudar determinada realidade, no sentido de gerar resultados compensadores para a sociedade.

Esta economia de impacto socioambiental positivo oferece um repertório de oportunidades, mas também enfrenta desafios como a carência de políticas de incentivo, acesso a crédito, dificuldades quanto à realização de parcerias e à mensuração referente aos resultados alcançados.

O apoio a esses empreendimentos, por parte de investidores, governos, organizações da sociedade civil é fundamental à maximização dos resultados produzidos por essas organizações. Tal suporte materializa-se por meio de iniciativas capazes de proporcionar um ambiente favorável ao crescimento e à sustentabilidade dessas entidades e negócios.

Ações como a criação de fundos de investimento e outras fontes de financiamento – dedicados a apoiar empreendimentos com missão relacionada à geração de impacto positivo e a facilitar a consecução de parcerias entre investidores tradicionais e os de impacto para atrair mais capital – são iniciativas poderosas no sentido de contribuir com a dinamização dessa socioeconomia. Coopera também com esse dinamismo o fomento à inovação, por meio de incubadoras e aceleradoras, além de incentivos fiscais, subsídios e premiações para negócios com soluções inovadoras para problemas socioambientais.

Em contrapartida, carecemos desenvolver a conscientização das pessoas sobre a relevância desses negócios, a partir de campanhas de marketing, nos meios de comunicação e redes sociais, e de programas educacionais em escolas, universidades e nas comunidades.

Em vista disso, evidencia-se o papel das políticas públicas voltadas a estimular o crescimento dos negócios de impacto, que podem acarretar ganhos como redução de impostos para investidores, compras governamentais de produtos e serviços, regulações claras para empreendimentos dessa natureza.

Quem aposta nos negócios de impacto se compromete com o modelo de desenvolvimento sustentável e duradouro que, ao mesmo tempo que gera riqueza e renda, concorre para a conquista de um mundo melhor, mais justo e mais solidário.

Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE