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Hip Hop e a Economia Criativa

Artigo do superintendente do Sebrae/CE destaca força da cultura Hip Hop e as oportunidades de negócios geradas na Economia Criativa.
Por Joaquim Cartaxo
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Na celebração do Dia Nacional da Consciência Negra (20/11), o presidente Lula assinou um conjunto de medidas voltadas à igualdade racial, como o Decreto de Valorização e Fomento à Cultura Hip-Hop, com as diretrizes nacionais para as ações de estímulo à cultura hip-hop, e o Projeto de Lei que prevê a criação do Dia Nacional do Hip-Hop.

Com origem nos EUA, na década de 70, o Hip-Hop disseminou-se pelo Brasil e, hoje, é reconhecido por sua forte conexão com questões socioambientais, raciais e políticas associadas às desigualdades e aos desafios enfrentados por grupos que moram nas periferias urbanas. É um movimento cultural que conjuga música, dança, graffiti e expressão verbal.

Outro aspecto desta cultura diz respeito à relação intrínseca com a Economia Criativa, expressa na geração de negócios e de oportunidades de trabalho e geração de renda em atividades diversas. Por exemplo, a indústria da música hip-hop constitui um dos pilares da economia global da música. Compreende serviços que vão desde a criação musical e produção de beats e batidas até a promoção, venda e distribuição de produtos, o gerenciamento de carreiras e a organização de shows ao vivo.

A moda também se configura como atividade destacada na cultura hip-hop. Marcas globais de vestuário e acessórios lançam coleções exclusivas de produtos com base nos elementos simbólicos da cultura hip-hop. Na mesma linha, designers independentes e marcas de streetwear atuam com frequência na cena hip-hop, criando roupas e acessórios únicos que irradiam esta estética.

As oportunidades trazidas por este movimento alcançam outras áreas, como artes visuais, design, dança, entretenimento, educação, produção de conteúdos audiovisuais, além das mídias digitais.

Destaca-se, ainda o turismo, uma vez que festas, festivais e demais eventos relacionados à cultura hip-hop atraem multidões de fãs e turistas, ajudando a impulsionar as economias locais, nas atividades de hotelaria, restaurantes, comércio e serviços em geral.

Compreender as dinâmicas econômicas do hip-hop é um passo importante para fortalecer este movimento cultural e obter como resultados mais oportunidades de empreendimentos, trabalho e renda, contribuindo para a melhoria das condições de vida das comunidades discriminadas por sua situação socioeconômica e cultural das pessoas, em geral pobres e pretas.

Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE

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