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Artesanato produzido no sistema prisional é exposto e comercializado na Fenacce

A ação é uma iniciativa da Secretaria da Administração Penitenciária, em parceria com o Sebrae/CE
Por Com informações a Asscom da SAP
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Peças produzidas pelos internos artesãos do sistema prisional do Ceará estão expostas e comercializadas na 4ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce), que acontece até domingo (25), no Centro de Eventos do Ceará. A ação é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Governo do Ceará e o Sebrae/CE.

São mais de 250 opções de peças artesanais produzidas pelos internos de quatro unidades que são responsáveis pela produção dos artigos. Peças como almofadas bordadas e de fuxico, jogos americanos de vagonite, produtos em ponto cruz, bolsas de macramê e de crochê estão disponíveis à venda no estande.

A Coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso da SAP, Cristiane Gadelha, ressalta a importância de expor o trabalho desenvolvido através de capacitação profissional com os internos dentro das unidades prisionais. “Todos os artigos são produzidos manualmente e com a reutilização de retalhos, mostrando que é possível trabalhar com poucos recursos e entregar produtos de qualidade. Além disso, os internos desenvolvem seu lado empreendedor para quando ganharem sua liberdade, produzirem e venderem seus próprios produtos.

A articuladora da Unidade de Competitividade dos Negócios do Sebrae/CE, Alice Mesquita, acredita que esta oportunidade de exposição e comercialização destes produtos dá uma contribuição importante neste esforço de ressocialização dos internos do sistema prisional. “O Sebrae/CE se somou a este trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Administração Penitenciária, por entender a diferença que ele faz na vida das pessoas envolvidas”.

Projeto “Arte em Cadeia”

A arte nas unidades prisionais contribui para o processo de humanização e ressocialização dos internos através dos trabalhos diversificados oferecidos pela Secretaria da Administração Penitenciária. O artesanato tal como outras atividades existentes dentro dos presídios têm reflexo transformador.

O projeto possui a participação de 440 internos na produção, onde oito unidades são beneficiadas. No total, são confeccionadas 2500 peças por mês e distribuídas em quatro pontos de vendas: Emcetur, Centro de Triagem e Observação Criminológica (CTOC), Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF) e SAP.

A renda arrecadada é revertida em prol do projeto, para a aquisição de mais materiais para a continuidade dos trabalhos.

Os internos artesãos, além de aprenderem uma nova profissão, recebem como benefício a remição de pena de um dia para cada três dias trabalhados na produção. A capacitação, além de preencher de forma funcional o tempo de reclusão, é uma oportunidade de reinserção social.