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Uma iniciativa do Sebrae/CE, em parceria com as prefeituras de Russas e Limoeiro do Norte, vem contribuindo para a construção de um ambiente de inovação e melhoria da competitividade dos produtores da agricultura orgânica do Vale do Jaguaribe. A ação visa fortalecer a cooperação entre os produtores da região, além de prepará-los para a comercialização no mercado internacional.
Os pequenos produtores da região, que tem na acerola a sua principal cultura orgânica, comercializam atualmente cerca de 1.400 toneladas do fruto e estes números já representam um crescimento de mais de 75% em relação ao comercializado em 2019. É o que aponta José Iran da Silva, presidente da Optar Orgânicos. Segundo ele, a estimativa de faturamento dos produtores locais com a comercialização de acerola este ano é de cerca de R$ 4 milhões, o que representa também um crescimento de 161% em relação aos números de 2019.
Para o articulador do escritório do Sebrae/CE na região do Vale do Jaguaribe, Alcides Marques, estes bons resultados podem ser ampliados ainda mais com o trabalho de formação do Ecossistema de Inovação Local. “A inovação no campo é uma realidade e hoje é imprescindível para o aumento da competitividade dos produtores rurais. A formação deste ecossistema irá ajudar no aperfeiçoamento das tecnologias de manejo dos produtores locais, tendo como focos a melhoria da qualidade dos produtos e a redução dos custos de produção”.
Outra parte importante do trabalho do Sebrae/CE junto aos pequenos produtores da região, apontada por Alcides, é a orientação quanto aos critérios e as certificações necessárias para o processo de internacionalização. “Este é um desafio a ser vencido, pois atualmente a maioria destes produtores não têm os requisitos necessários para operar de modo direto no mercado internacional”.
Mas o gestor do Sebrae/CE acredita que com o trabalho que vem sendo realizado, os produtores conseguirão em breve superar esses gargalos e fortalecer ainda mais a produção local. “ Nossa ideia é contribuir para que os produtores orgânicos do Vale do Jaguaribe estejam preparados para entrar no mercado internacional de forma adequada, podendo conquistar novos mercados e gerar mais empregos e renda para a região”.
