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A importância do trabalho do Sebrae/CE de incentivo ao artesanato

O artesão André Henrique do Nascimento, do distrito de “Prainha”, em Aquiraz, luta para preservar e popularizar as miniaturas de jangadas de timbaúba
Por Redação
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Todos os anos, dezenas de artesãos cearenses participam de feiras e eventos, onde mostram seus trabalhos, conhecem novas técnicas, trocam referências e voltam para suas casas enriquecidos com novos conhecimentos e pelas oportunidades recebidas.

O aquirazense André Henrique do Nascimento é um desses. Conhecido na comunidade onde nasceu, no Distrito de “Prainha”, como André “Tala”, um apelido que ele não sabe como surgiu e que carrega até hoje, cresceu no entorno do Mestre José Pereira de Oliveira homenageado depois, em 2008- como Mestre Oliveira da cultura na arte de imortalizar miniaturas de jangadas de timbaúba..

E não demorou muito para ele aprender o ofício e montar, com om mais quatro artesãos, uma pequena oficina no quintal de casa. Quando foi adoecendo, Mestre Oliveira foi se recolhendo e outros sonhos levaram o artesão André “Tala” para o Rio de Janeiro, onde, dentre outras atividades, começou a fazer faculdade de gestão ambiental.

Embora estivesse com a vida encaminhada no Sudeste, o apelo de deixar Aquiraz sem ninguém para dar continuidade à tradição das miniaturas de jangadas de Timbaúba falou mais alto e ele voltou ao município.

Quando retornou para sua “Prainha” de Aquiraz já voltou com a ideia fixa de dar continuidade ao legado deixado pelo Mestre Oliveira. Transferiu o curso para Fortaleza -faculdade que concluiu enquanto recuperava a tradição das jangadas- e, hoje, já começa a formar uma nova geração de artesãos, gente interessada em reproduzir a peça que é a cara da primeira Capital do Ceará.

-Não consegui deixar essa tradição se perder no tempo e na memória de quem é de Aquiraz. Vivo, agora, para disseminar esses conhecimentos e voltar a retomar a confecção das pequenas jangadas, preservando a nossa tradição”, reforça.

O que André faz, investindo na preservação da tradição da sua terra é vital para a sobrevivência da atividade. Afinal, ao participar das feiras e eventos que o Sebrae/CE promove, consegue ampliar o mercado para quem se encanta com as pequenas jangadas de velas de renda coloridas.

Principalmente porque, esse fomento tem um impacto relevante em relação a resultados como o: ao desenvolvimento de comunidades; à valorização e perpetuação entre gerações da identidade local; à diminuição de movimentos migratórios para grandes centros, evitando, com isto, o aumento de problemas sociais nas grandes cidades e desconexão entre o cidadão e sua cultura; além de representar um ativo com potencial para gerar desenvolvimento econômico sustentável, proporcionando geração de renda e trabalho em comunidades Brasil afora.

Hoje, há um empenho por parte do Sebrae e prefeituras em apoiar os artesãos, possibilitando a geração de renda e oportunidades. Os eventos são promovidos regularmente ao longo do ano, proporcionando uma exposição dos trabalhos dos artesãos não apenas para o público local, mas também para visitantes de outras regiões. Essas iniciativas trouxeram benefícios tangíveis para os artesãos, como aumento de renda, pagamento de dívidas e impulsionamento da economia local.