Lançado em dezembro, o Índice FIEC de Inovação dos Estados 2024 revelou importantes avanços para o Ceará e para o Nordeste. Na análise do cenário brasileiro, cinco dos seis estados que registraram aumento no índice estão localizados no Nordeste: Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí e Alagoas.O objetivo do estudo é mapear os principais pontos relacionados à inovação nas 27 unidades da federação, funcionando como ferramenta para avaliar e guiar o desenvolvimento de políticas públicas. O levantamento mensura 12 indicadores, divididos em duas dimensões (Capacidades e Resultados).
“O Índice FIEC de inovação dos Estados tem sido extremamente relevante para não só orientar as políticas públicas de fortalecimento da Ciência, Tecnologia e Inovação, mas também, na sua utilização por parte da sociedade civil organizada e do setor produtivo para identificar os principais gargalos dentro dos ambientes de inovação estaduais e buscar a construção de uma agenda sinérgica de reforço dessa temática”, destacou Guilherme Muchale, Gerente do Observatório da Indústria do SFIEC.
Ceará
A nova edição do índice mostrou que São Paulo é o líder do ranking nacional de inovação, seguido pelo Rio de Janeiro (2º) e o Rio Grande do Sul (3º). Os três estados ocuparam, de forma estável, essas posições nos últimos cinco anos.
Na análise dos indicadores que compõem o Índice FIEC de Inovação, os melhores resultados do Ceará foram nos quesitos Intensidade Criativa e Tecnológica e Sustentabilidade Ambiental, enquanto Empreendedorismo e Infraestrutura se demonstraram gargalos.
Um outro indicador importante a ser destacado no Estado é o da sustentabilidade ambiental, no qual é analisada a capacidade de geração de energia renovável, como eólica, solar e biomassa. Isso é um diferencial no caso do Ceará, porque existe uma grande capacidade geracional de energia limpa, o que é muito positivo para a agenda ESG.
Analisando esses resultados, o articulador da Unidade de gestão de Ambientes de Inovação do Sebrae/CE, Herbart Melo, esse bom desempenho cearense é reflexo da soma de esforços entre o setor produtivo, o poder público, a academia e a sociedade civil.