Neste dia, normalmente o mundo para debater a necessidade de maior incentivo para que mulheres participem, de forma mais ativa, em maior escala e em melhores cargos na economia.
No Brasil, pesquisas do IBGE afirmam que as mulheres ainda recebem apenas 78% dos salários dos homens e são minoria em cargos de liderança empresarial e política, mesmo tendo maior escolaridade. O preconceito, a dupla jornada (emprego e casa) e a falta de confiança são fatores que dificultam a entrada de mulheres nesse mercado.
Sabe-se que muitas mudanças aconteceram nas últimas décadas e que o empreendedorismo feminino vem crescendo – na pandemia, por exemplo, o percentual de novos empreendedores foi maior entre as mulheres.
Dada essa realidade, Instituições oferecem programas acessíveis a todos profissionais de educação e estudantes, com conteúdo e prática para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras, a partir das competências socioemocionais.
É o caso do Sebrae que, além de contribuir para o crescimento da economia e para a criação de empregos, o empreendedorismo feminino transforma também as relações sociais. Quando mulheres alcançam a autonomia financeira, não precisam mais se submeter a relacionamentos abusivos e violentos, pois não dependem mais de terceiros para se sustentar. As lideranças femininas têm também grande potencial transformador dentro das empresas, diversificando os pontos de vista na tomada de decisões e dando mais visibilidade para questões de gênero. Isso ocorre tanto no cotidiano com os colegas de equipe quanto na relação cliente/prestador de serviço.
Especificamente no caso do Ceará, há mais mulheres empreendendo no mercado que a média brasileira. Ou seja, no país, 34% das mulheres estão empreendendo, enquanto as cearenses superam em dois pontos percentuais o universo de empreendedoras nacionais.
Para marcar a data, durante todo o mês de novembro, o Sebrae/CE estruturou uma série de eventos tanto em Fortaleza, com no interior, para incentivar o empoderamento feminino. A começar pelo “Delas Day”, em Juazeiro do Norte, no dia 7, o lançamento do “Elas Globais”, e a realização do Programa “Mulheres que movimentam”, em Sobral.
Segundo a pesquisa, realizada a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, o Brasil alcançou, em 2022, uma marca inédita de mulheres à frente de um empreendimento.
No 3º trimestre do ano passado havia 10,3 milhões de mulheres donas de negócios no país, o maior contingente de empreendedoras da história. Juntos, homens e mulheres superaram o total de 30 milhões de donos negócios – o maior número da série histórica.
Entre as atividades em que as mulheres mais predominam estão os segmentos de: cabelereiros e tratamento de beleza; comércio de vestuário; serviço de catering bufê e serviços de comida preparada; comércio de produtos farmacêuticos, cosméticos e perfumaria; confecção sob medida; profissionais de saúde (excerto médicos e odontólogos); confecção (vestuário); outras atividades de serviços pessoais; outras atividades de ensino; e fabricação de artefatos têxteis.
Sebrae Delas
O Sebrae Delas é um projeto que apoia ideias embrionárias e também busca acelerar empresas lideradas por mulheres empreendedoras. A iniciativa do Sebrae, criada em 2019, desenvolve também competências, comportamentos e habilidades, difundindo a cultura empreendedora e aumentando a probabilidade de sucesso dos negócios liderados por mulheres.
Com o projeto, o Sebrae reconhece a necessidade de um projeto exclusivo para o público feminino que deseja ser independente, vender mais, aumentar seus lucros, conquistar novos clientes, fazer novos contatos para divulgar seu negócio e, enfim, tornar o sonho de empreender realidade.