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Micro e Pequenas Empresas geraram oito em cada dez empregos no Ceará nos sete primeiros meses do ano

Somente no mês de julho, os pequenos negócios cearenses foram responsáveis pela criação de 4.378 empregos formais
Por Redação
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De janeiro a julho de 2025, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) cearenses foram responsáveis por um saldo de 25.391 empregos formais no estado. É o que aponta o levantamento realizado pelo Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número representa 77,11% do total de 32.925 empregos com carteira assinada criados no Ceará neste período.

O dado reforça o papel estratégico dos pequenos negócios para a economia cearense, tendo eles contribuído com a criação de 8 a cada 10 empregos formais registrados no estado nos sete primeiros meses de 2025. Completam o total de empregos gerados no período, as Médias e Grandes Empresas (MGE) com 5.089 carteiras assinadas, as pessoas físicas e Entidades Sem Fins Lucrativos, com 2.054 e a Administração Pública, com 391 contratações.

Fonte: Sebrae/Caged

Entre os pequenos negócios, mais uma vez o setor de Serviços ocupa o primeiro lugar de grande gerador de empregos. Das mais de 25 mil carteiras assinadas pelas MPE no acumulado de janeiro a julho, 11.435 vieram das empresas deste setor.

Em seguida, aparecem os setores da Construção, Indústria da Transformação e Comércio, com 8.501, 2.699 e 1.899 empregos formais criados, respectivamente. Também contribuíram para o saldo de contratações do período, os pequenos negócios dos setores de Serviços Industriais de Utilidade Pública (359 empregos), Agropecuário (349) e Extrativismo Mineral (149).

Somente em julho, as Micro e Pequenas Empresas contribuíram com a criação de 4.378 empregos formais, respondendo por 58,97% do saldo de 7.424 carteiras assinadas no mês. O setor da Construção foi o destaque entre os pequenos negócios, com 1.904 contratações no período, seguido de perto pelas MPE de Serviços, com 1.182 novos postos de trabalho.

Brasil

Fonte: Sebrae/Caged

O levantamento do Sebrae mostra também que cerca de 80% das contratações realizadas em julho deste ano em todo o país foram feitas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), com mais de 103,6 mil empregos formais gerados por este setor.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, foram criados 853,8 mil postos de trabalho nas micro e pequenas empresas (MPEs). Entre janeiro e julho, o setor de Serviços teve um saldo positivo de mais de 430 mil empregos, seguido pela Construção (161,1 mil) e pela Indústria de Transformação (120,7 mil).

Ao analisar apenas julho, o setor de Serviços foi o principal gerador de novos postos de trabalho entre as MPEs, com 42,5 mil registros no país, seguido pela Construção e pelo Comércio, que ficaram praticamente empatados, com mais de 23 mil registros cada.

Sobre o Caged

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), instituído pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, foi criado como instrumento de acompanhamento e fiscalização mensal das admissões e dispensas de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A partir de 1986 passou a ser utilizado como suporte ao pagamento do seguro-desemprego e, mais recentemente, tornou-se um relevante instrumento à reciclagem profissional e à recolocação do trabalhador no mercado de trabalho.

O cadastro constitui importante fonte de informação do mercado de trabalho de âmbito nacional e de periodicidade mensal. Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído gradativamente pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações por meio do eSocial.

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