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Desemprego no Ceará atinge a menor taxa desde 2012: 6,5%

Em 2024, os pequenos negócios foram responsáveis por 82% dos empregos formais criados no estado
Por Com informações do Governo do Ceará
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A taxa de desemprego no Ceará, no quarto trimestre de 2024, atingiu 6,5% e é a menor da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de 2012. O desemprego vem mantendo essa tendência de queda desde o terceiro trimestre de 2022, quando alcançou 8,6%. É o que revela o Termômetro do Mercado de Trabalho (4º Trimestre/2024) – Nº 30 – 2025), publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Quando comparado ao quarto trimestre de 2023, a taxa de desocupação recuou 2,2 pontos percentuais e 0,2 ponto percentual quando comparada ao trimestre imediatamente anterior, quando havia sido de 6,7%, menor patamar alcançado até então.

De acordo com o analista de Políticas Públicas e autor do trabalho Daniel Suliano, a melhora na dinâmica do mercado de trabalho cearense desde 2022 tem-se refletido através da queda sistemática do desemprego, ao atingir taxas percentuais próximas ao menor valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) com registro, no quarto trimestre de 2024, em um patamar abaixo de 8%.

“De fato, a taxa de desemprego do Estado do Ceará alcançou 7,5% no segundo trimestre de 2024, recuando 1,1 ponto percentual tanto comparado ao segundo trimestre de 2024 como em relação ao mesmo trimestre anterior”, explicou o analista. Já no terceiro trimestre de 2024 foi de 6,7%, bem inferior a igual período de 3023, quando ficou em 9,2%.

Similarmente ao desemprego, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no Estado do Ceará atingiu o menor valor da série histórica nesse quarto trimestre de 2024 com 21,3%, o que corresponde a um recuo de 2,2 pontos percentuais com relação ao quarto trimestre de 2023 e 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Uma redução da taxa de subocupados por insuficiência de horas também reflete uma maior demanda por trabalho no Estado do Ceará. Por fim, observa-se que a taxa de informalidade do mercado de trabalho do Estado do Ceará recuou levemente no quarto trimestre de 2024 com relação ao terceiro trimestre de 2024 ficando em 53,3%.

Geradores de emprego

Os pequenos negócios vêm tendo um papel fundamental neste aumento da taxa de empregados no Ceará. Segundo estudo do Sebrae, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estado terminou o ano de 2024 com um saldo acumulado de 56.231 empregos formais. Deste total, 46.007 foram gerados pelas Micro e Pequenas Empresas (MPE), número que corresponde a cerca de 82% do saldo de contratações com carteira assinada registrados de janeiro a dezembro.

As Micro e Pequenas Empresas do setor de Serviços foram responsáveis por 23.597 contratações em 2024, ou seja 51% dos empregos gerados pelos pequenos negócios. Em seguida, aparece o Comércio como grande gerador de empregos entre os pequenos negócios cearenses, com 10.386 contratações com carteira assinada no ano.

No mesmo período, as MPE da Indústria da Transformação acumularam um saldo de 6.708 contratações, enquanto as da Construção Civil geraram 2.297 empregos no estado. Em seguida, aparecem os pequenos negócios de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), com saldo de 1.797 empregos criados, o setor Agropecuário, com 810 contratações e a Extração Mineral com 412 postos de trabalho formais em 2024.