O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará registrou crescimento de 7,21% no segundo trimestre de 2024 em comparação a igual período de 2023. O resultado estadual é mais que o dobro do registrado no Brasil, de 3,3%, na mesma relação. Estes dados foram divulgados nesta semana pelo governador Elmano de Freitas e detalhados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
De acordo com o Ipece, o resultado cearense registrado no período representa o maior crescimento entre os estados no país que divulgam a análise trimestral do PIB. Quando comparado com o primeiro trimestre de 2024, o desempenho cearense no segundo trimestre apresenta elevação de 1,94%, também superior ao nacional, de 1,4%.
Ainda segundo o Instituto, a previsão do PIB do Ceará para 2024 é de um índice de 4,41%. Caso essa previsão se confirme, o resultado vai ficar acima da estimativa do nacional para este ano, que é de 2,96%. A primeira perspectiva para o PIB cearense, ainda em dezembro de 2023, era de 1,91%, passando para 2,31% em março e de 3,16% na revisão de junho. Em todas as estimativas, os índices esperados também superaram o nacional, de 1,50%; 1,78%; 2,08% e de 2,96%, respectivamente.
Resultados Setoriais
Dentre os três setores econômicos que compõem o PIB (Serviços, Agropecuário e Indústria), o melhor resultado no Ceará, no segundo trimestre de 2024, na análise do Valor Adicionado, ficou com a Agricultura, que apresentou desempenho de 32,52% em relação ao segundo trimestre de 2023, superando o do Brasil, de -2,9% no mesmo período.
O segundo melhor resultado cearense, na mesma comparação, ficou com a Indústria, com 9,93%, seguido pelo Serviços, com índice de 4,48%, enquanto o nacional foi de 3,9% e 3,5%, respectivamente.
De acordo com o Ipece, ao analisar as taxas de crescimento do Valor Adicionado por setores no segundo trimestre de 2024 em relação ao primeiro trimestre do mesmo ano, o PIB cearense, que fechou em 1,94%, foi impulsionado pelo desempenho da agropecuária, com 19,63%, bem acima da nacional, de -2,3%, seguido pelo Serviços, com 1,12%, também acima do Brasil, de 1,0%, e, finalmente, Indústria, com 0,29%, abaixo do resultado nacional, de 1,8%.
Avaliações
Para o governador Elmano de Freitas, o resultado do PIB mostra que o Ceará está no caminho certo. “Estamos no caminho correto, o caminho de quem está trazendo o ITA para o Ceará; retomou a Transnordestina, o Minha Casa, Minha Vida; de quem possui um saldo positivo de mais de 80 mil empregos no estado. Seguimos de mãos dadas com os municípios, com o Governo Federal, para que a gente possa dar cada vez mais oportunidades para o povo cearense”, destacou o governador Elmano de Freitas.
Para o secretário estadual do Planejamento e Gestão, Alexandre Cialdini, o fato mais importante no resultado é a evolução positiva do PIB no intervalo maior. “No decorrer do Governo Elmano este crescimento foi de 5,10%, pouco mais que o dobro do crescimento do PIB nacional, de 2,5%. As políticas governamentais adotadas nessa trajetória estão refletindo estes resultados, que convergem com o crescimento da taxa de investimento do estado, que foi em torno de R$ 2,13 bilhões de janeiro a agosto deste ano”.
Já o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/CE e vice-presidente da Fecomércio, Cid Alves, avalia que o crescimento da economia cearense também é consequência da melhora do poder de compras das famílias e da geração de emprego, associada ao controle da inflação em nível nacional, sob a orientação do Banco Central. “Esses fatores têm contribuído direta e indiretamente para o crescimento que a gente tem. Desejamos que esse crescimento seja seguro e duradouro, pois a estabilidade faz com que toda a atividade produtiva se anime”.
Estados que calculam o PIB
Além do Ceará, mais dez estados brasileiros realizam o cálculo do PIB, indicador que mostra a tendência do desempenho da economia no curto prazo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços e desagregados por suas atividades econômicas.
É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.