
Os pequenos negócios foram responsáveis por 78% do saldo de empregos formais do Ceará no período de janeiro a novembro de 2024. É o que aponta levantamento do Sebrae feito a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Do saldo total de 62.312 empregos criados no estado no período, 48.603 foram gerados pelas micro e pequenas empresas.
Enquanto isso, no acumulado dos 11 primeiros meses do ano passado, as Médias e Grandes Empresas (MGE) registraram um saldo de 9.092 contratações com carteira assinada. Em seguida, aparecem as pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos com um total de 4.158 contratações formais e a Administração Pública com 459 empregos gerados no Ceará.
Para o superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, cada edição do Caged só reforça o papel central ocupado pelos pequenos negócios para a geração de emprego e renda no Ceará e no Brasil. “Quando analisamos os dados do Caged, vemos que são as micro e pequenas empresas as grandes responsáveis pelo emprego formal em nosso estado e em todo o país”.
Setor terciário

Segundo Cartaxo, também é importante ressaltar a força do setor terciário, formado pelas empresas de Comércio e Serviço. “De todos os empregos gerados pelos pequenos negócios no Ceará, de janeiro a novembro, 68% vieram do setor terciário. Esse é um número relevante que mostra como esse setor é estratégico para nossa economia”.
Do saldo de 48.603 empregos formais criados pelos pequenos negócios nos 11 meses do ano passado, 24.262 vieram das empresas de Serviços, 8.975 do Comércio, 7.277 da Indústria da Transformação, 5.060 da Construção e 1.789 do setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP). Já o setor Agropecuário contribui com 839 empregos no período e a Extração Mineral, com 401 contratações com carteira assinada.
Novembro

Considerando apenas o mês de novembro do ano passado, os pequenos negócios tiveram um destaque ainda maior no estado. Eles foram responsáveis por 4.614 empregos formais. O número representou um saldo superior ao resultado do estado no mês, que ficou em 4.443, puxado para baixo principalmente pelas 382 demissões registradas pela Médias e Grandes Empresas.
Das 4.614 registradas por pequenos negócios cearenses no mês de novembro, os setores do Comércio e Serviços se destacam com: 2.497 e 2.413 contratações, respectivamente. No mesmo período, os pequenos negócios da Indústria da Transformação contrataram 224 trabalhadores formais, os do setor Agropecuário, 106 e os da Extração Mineral, 46. Enquanto isso, as micro e pequenas empresas da Construção Civil e de Serviços Industriais de Utilidade Pública tiveram resultados negativos, com 656 e 16 demissões, respectivamente.
Brasil

Em todo o país, os pequenos negócios responderam por 102,6 mil vagas de emprego, o que corresponde a 96% das 106,6 mil criadas no conjunto da economia em novembro último. No acumulado dos 11 meses do ano passado (janeiro a novembro), os dados mostram que as micro e pequenas empresas criaram 65% dos 2,2 milhões de postos de trabalho formais no Brasil, ou seja, cerca de 1,4 milhão de empregos.
Na opinião do presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, esses resultados foram alcançados devido às políticas econômicas do governo Lula que protegem a economia dos pequenos negócios. “O país apresenta hoje uma taxa de desemprego na ordem de 6,1%, a menor dos últimos 12 anos. Economia é comportamento. E hoje o bom momento da economia estimula o consumo e quem ganha são os pequenos negócios”.