Levantamento inédito realizado pelo Sebrae mostra que, dos 11,5 milhões de microempreendedores individuais (MEI) com registros ativos no Brasil, mais de 90% estão em atividade, contra 77%, em 2022, e 72%, em 2019. O recorde, na visão do Sebrae, sinaliza a melhora do consumo das famílias e consolida a figura jurídica que é a porta de entrada para formalizar milhares de brasileiros, com registro simplificado e baixo custo de tributos.
No Ceará, a pesquisa mostra que 91% dos MEI encontram-se em atividade. A pesquisa realizada entre 10 de junho de 2024 e 05 de julho de 2024, ouviu uma amostra de 7.047 em todo o país, sendo 231 no Ceará e tem um índice de confiança de 95%. Na avaliação do presidente do Sebrae Nacional do Sebrae, Décio Lima, o crescimento dos MEI em atividade é um termômetro da melhora do ambiente de negócios no país.
“A implementação do MEI, durante o segundo mandato do presidente Lula, permitiu que milhões de brasileiros que faziam do empreendedorismo uma forma de complementação de renda ou mesmo a sua principal ocupação pudessem se beneficiar de direitos que lhes eram vedados. Esse modelo de negócio significou, na prática, a mais importante política pública para a inclusão econômica e previdenciária do Brasil”,
Ceará
Segundo o superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, o levantamento é importante para jogar luz sobre este que é um dos principais programas de incentivo à formalização do mundo. “A figura jurídica do MEI, criada pelo presidente Lula em 2008, ajudou a tirar da informalidade milhões de brasileiros e milhares de cearenses, que passaram a ter uma série de benefícios assegurados. Este estudo do Sebrae nos traz uma série de informações relevantes sobre os microempreendedores do país e, em especial, do nosso estado”.
Entre os MEI em funcionamento no Ceará, a pesquisa do Sebrae mostrou que 36% estão em atividade a no máximo 2 anos; 35% possuem entre 3 e 5 anos de funcionamento e 27% estão no mercado a mais de 5 anos. O levantamento também mostrou que para 58% dos ouvidos a motivação para empreendedor foi a “necessidade”. Em contrapartida, 38% disseram que iniciaram um novo negócio por “oportunidade”.
Antes de se formalizar como MEI, 51% dos cearenses ouvidos pelo Sebrae trabalhavam como empregados com carteira assinada; 14% eram empregados sem carteira assinada; 17% eram empreendedores informais; 6% donas de casa; 5% servidores públicos e 5% estudantes. Além disso, 47% dos formalizados como MEI no Ceará disseram que continuam no mesmo ramo de atividade de quando eram empregados formais.
Para 72% dos empreendedores cearenses a formalização como MEI ajudou a ampliar suas vendas. Um total de 16% dos MEI do estado já tentou contratar empregados com carteira assinada e 15% já vendeu produtos ou serviços para o poder público estadual ou municipal.