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FAEC e Sebrae/CE facilitam o acesso da fertilização in vitro para pequenos produtores rurais

O programa deve contemplar mais de 900 produtores com 2.700 prenhezes, ao longo dos seus três anos de duração.
Por REdação
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Uma iniciativa que reúne Sebrae/CE e Faec vem mudando o perfil do rebanho cearense. É o Projeto de Fertilização in Vitro (FIV) do Ceará que vem transformando a realidade da produção leiteira junto a pequenos produtores de vários municípios. Lançado no primeiro semestre de 2023, nos municípios de Milhã e de Senador Pompeu, o projeto busca gerar renda ao homem do campo, por meio do aumento da produtividade e qualidade do plantel.

E os frutos da iniciativa começam a ser colhidos. O produtor rural Francisco Edmar, de Milhã, viu sua produção de leite crescer de 80 para mais de 400 litros. “Acredito que ainda vamos avançar muito com o acompanhamento técnico, diz Edmar. O mais interessante é que o inédito programa de distribuição de embriões aos pequenos pecuaristas do Ceará está garantindo o nascimento de 91% de fêmeas

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, destaca a democratização da genética como um dos pilares desse projeto. E ressalta que o objetivo da Federação junto com o Sebrae/CE é levar o projeto a todo o Ceará, realizando 2 mil prenhezes até 2025.

“Nosso foco são os pequenos e médios produtores. Vamos dobrar a capacidade produtiva da vaca com o melhoramento genético e, assim, melhorar a renda do produtor rural com genética de ponta”, diz Amílcar Silveira. O projeto deverá adicionar 500 mil litros de leite diariamente ao Ceará.

“Nossa parceria nasceu do desejo mútuo da Faec e do Sebrae de levar novas tecnologias para o pequeno criador de vacas e bois do Ceará, e os primeiros resultados trouxeram para nós agradáveis surpresas”, disse Alci Porto, diretor Técnico do Sebrae-CE.

Os embriões gerados via FIV pelos criatórios especializados têm um salto genético de 5 a 7 gerações, ou seja, um avanço genético mínimo de 25 anos, enquanto a IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) avança no máximo 5 gerações, uma vez que dependem da seleção genética das matrizes que serão inseminadas.

O programa deve contemplar mais de 900 produtores com 2700 prenhezes, ao longo dos seus três anos de duração.

Sendo assim, quase três mil animais de alto valor genético, oriundos de doadoras e reprodutores testados e avaliados em provas de desempenho genético, irão compor o rebanho cearense. Além disso, os laboratórios produtores dos embriões possuem, obrigatoriamente, certificação no Ministério da Agricultura. Com isso, o projeto vai viabilizar o crescimento do rebanho bovino leiteiro cearense por meio de consultorias especializadas em melhoramento genético.

PECNORDESTE

Durante a programação técnica da Pecnordeste 2024 – que acontecerá nos dias 6, 7 e 8 do próximo mês de junho – o programa de Fecundação in Vitro que a Faec e o Sebrae/CE estão realizando no interior do Ceará será tema de debates que reunirão especialistas da área.