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Avanço no Agro: produtores do Centro Sul vão ao Baixo Açu, RN, ver a produção de biofertilizantes

A biocalda microbiológica é um biofertilizante natural, feito a partir da fermentação de matéria orgânica com microrganismos eficientes (EM).
Por Redação
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A região Centro Sul já se destaca pela sua produção frutífera. Mas tem condições de elevar ainda mais o nível e qualidade dos seus produtos. Daí, a iniciativa do Escritório Regional do Sebrae/CE na Região, promovendo uma missão técnica ao Perímetro Irrigado do Baixo Açu, no vizinho Estado do Rio Grande do Norte, onde os produtores cearenses puderam conhecer novas tecnologias que possibilitam desenvolvimento sustentável, principalmente do solo, que é um dos principais ativos para a produção agrícola.Assim, nos últimos dias 23 e 24 de outubro, os produtores dos municípios de Cariús, Jucás, Quixelô e Icó, participaram da missão técnica ao perímetro irrigado do Baixo Açu que, atualmente, possui fazendas que são referência na produção de biocalda microbiológica utilizada para o cultivo agrícola.

A biocalda microbiológica é um biofertilizante natural, feito a partir da fermentação de matéria orgânica com microrganismos eficientes (EM). Ela nutre, fortalece as plantas e enriquece o solo, promovendo a saúde e a produtividade do cultivo.

São fazendas que trabalham com o mercado interno e exportação, com redução de custos de produção em torno de 30% a 60% nas propriedades acompanhadas. E o objetivo dos produtores cearenses foi, além de conhecer as principais técnicas de manejo com a utilização de biocalda microbiológica, avaliar o processo de fabricação e multiplicação desse insumo, que visa recondicionar o solo tornando-o viável à agricultura de alta produtividade.

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Dentro do roteiro construído, foi visitada uma fazenda que trabalha, exclusivamente, com o cultivo de banana prata, e que utiliza biocalda na fertirrigação e atualmente já multiplica bactérias em dois tanques de 15 mil litros capazes de uma aplicação de 100 L/ha. Essa tecnologia já possibilitou uma redução de 30% de químicos na adubação, diminuindo o custo de produção.

Em outra propriedade visitada, que atualmente produz coco para todo o brasil e limão para exportação também é realizada a utilização da biocalda e, além da multiplicação de bactérias, e é produzido o Bocash e EMe4 que são biocaldas obtidas através de insumos extraídos da Caatinga, conseguindo elevar a microbiota do solo, transformando-o em um solo mais rico, com redução de até 40% no uso de nutrientes químicos, além da aplicação foliar, melhorando ainda mais as condições fitossanitárias. Além da utilização de biocalda, a missão acompanhou o processo de pós-colheita que eleva o nível de qualidade dos frutos.

Dando continuidade ao roteiro, em outra propriedade visitada a fazenda trabalha com o cultivo de banana para o mercado interno e mamão para exportação. A biocalda é utilizada mas já possui um processo de multiplicação mais tecnológico, que vai além do modo convencional, com o uso de reatores para potencializar e maximizar o ganho de tempo de produção de insumos. Outro processo que foi possível acompanhar foi o de lavagem da banana que implica em transformá-las em um produto mais atraente, agregando valor ao resultado final.

Seguindo pelo perímetro, em outro propriedade, o aprendizado foi com relação ao processo de aclimatação da banana, que é uma prática de pós colheita em câmaras frias, que visa trabalhar o retardamento do amadurecimento, elevando o nível de qualidade e agregando valor ao produto.

A última fazenda a ser visitada tem outro perfil. Produz, atualmente, 150ha de manga palmer para exportação e utiliza também a prática da biocalda, para elevar o nível de fertilidade do solo, além de reduzir os problemas fitossanitárias. Atualmente a produção da propriedade é exportada para os Estados Unidos e Europa