
O saldo de empregos formais gerados no país continua sendo determinado diretamente pela atuação das micro e pequenas empresas (MPE). No último mês de maio, de acordo com levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados do Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 7 em cada 10 vagas de trabalho foram criadas pelas MPE. O resultado é 2 pontos percentuais superior ao que havia sido registrado no mesmo mês do ano passado.
No total, o Brasil teve um saldo líquido de 155 mil novos empregos em maio deste ano, sendo 108,4 mil gerados pelas micro e pequenas empresas. Enquanto isso, as médias e grandes empresas somaram 23 mil postos de trabalho, o que equivale a 15% do universo de vagas criadas. A análise comparativa mostra que, em maio de 2022, haviam sido geradas 277,7 mil vagas, sendo as micro e pequenas empresas, com 188,9 mil vagas responsáveis por 68% desse total (277,7 mil). Nessa mesma avaliação, as médias e grandes decaíram sua participação, saindo de 22% do total em maio de 2022 para 15% em maio de 2023, queda de 7p.p.
No acumulado deste ano, de janeiro a maio, foram registrados 865,3 mil novos empregos. As micro e pequenas empresas contribuíram com 69% desse montante, tendo gerado 594 mil vagas. Já as médias e grandes contribuíram com 163 mil postos de trabalho, 19% do total.
Serviços na liderança
A análise sobre o comportamento de cada um dos setores de atividade econômica mostra que, entre as micro e pequenas empresas, os setores de Serviços (53.224), Construção (28.825) e Comércio (16.332) são os que mais geraram empregos em maio. Já para as médias e grandes empresas, os principais setores foram Serviços (24.039), Agropecuária (2.081) e Extrativa Mineral (1.632).
No total dos cinco primeiros meses de 2023, as micro e pequenas empresas já contam com mais de 527 mil vagas geradas nos setores de Serviços (339.127), Construção (123.937) e Indústria da Transformação (64.754). O setor de Comércio, que apresentava saldo negativo no acumulado até abril, agora já sinaliza uma recuperação, contando com saldo positivo de 34.127 novas vagas.
Segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), as principais atividades que geraram mais empregos nas MPE em maio foram “Construção de edifícios” (8.660), “Serviços combinados de escritório e apoio administrativo” (3.598) e “Construção de rodovias e ferrovias” (3.283). Para as médias e grandes, o destaque ficou com “Cultivo de laranja” (4.950), “Atividades de atendimento hospitalar” (4.440) e “Limpeza em prédios e em domicílios” (4.122).
Ceará
No Estado, durante o mês de maio, somente as Micro e Pequenas Empresa apresentaram saldo positivo na geração de empregos. Os pequenos negócios foram responsáveis pela criação de 3.857 postos de trabalho formais. No mesmo período, as Médias e Grandes Empresas contabilizaram 524 demissões e a administração pública uma, fazendo com que o saldo de empregos com carteira assinada no Ceará durante o mês de maio ficasse em 3.435.
No acumulado de Janeiro a Maio, a situação no Ceará não é diferente. Os pequenos negócios foram responsáveis pela criação 13.829. O número corresponde a cerca de 98% do saldo de postos de trabalho com carteira assinada do Estado no período, que totalizou 14.127 empregos.
Construção
Diferentemente do que ocorreu nos meses anteriores no Estado, no mês de maio o setor que mais empregou entre as Micro e Pequenas Empresas não foi o de Serviços. A liderança da criação de empregos no mês ficou com o setor da Construção, que contabilizou um saldo positivo de 1.689, enquanto que os pequenos negócios do setor de Serviços contribuíram para a criação de 1.513 empregos formais.
Mas no acumulado de Janeiro a Maio, as MPEs do setor de Serviços aparecem na liderança isolada da criação de empregos com carteira assinada no Estado, com 7.813 postos de trabalho. Em seguida vem a Construção com 3.621, a Indústria da Transformação com 1.131 e o Comércio com 1.011 empregos.