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O 1º de agosto marca a celebração do Dia do Poeta da Literatura de Cordel, expressão cultural que ocupa uma posição relevante no cenário cultural e literário do país. Instituída como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 19 de setembro de 2018, o cordel está intimamente conectado com a identidade e a herança cultural do povo brasileiro, em especial do povo nordestino.
Além do aspecto sociocultural, a produção de cordel também dá uma contribuição importante para a geração de emprego e renda. Eventos como as feiras de cordel, as cantorias e as exposições de folhetos atraem turistas e fomentam a economia local, tornando-se uma significativa fonte de renda para os artesãos, escritores, gráficos, xilogravuristas, cantadores e diversos artistas envolvidos.
Para a gestora estadual de Economia Criativa do Sebrae/CE, Cattleya Guedes, reconhecer a riqueza cultural do cordel é também valorizar uma série de profissionais criativos que tem nesta expressão a sua forma de sustento. “O Sebrae entende que há toda uma cadeia produtiva que se desenvolve em torno desta atividade e que precisa ser apoiada dentro da nossa estratégia de ajudar no desenvolvimento dos negócios criativos no estado”.
Uma das ações neste sentido, segundo Cattleya, é a realização da Festa da Literatura de Cordel (FLIC), que chega este ano à sua segunda edição. A primeira foi realizada em 2023, em diversos equipamentos da capital cearense, com uma programação que incluiu painéis de debates com especialistas, apresentações de poetas, cantorias, sarau, oficinas, exibição de vídeos e documentários relacionados ao tema e a realização da Feira Popular, com a exposição de cordéis e seus autores.
Já a edição de 2024 será realizada de 15 a 17 de agosto, em Quixadá. Este ano, o Sebrae/CE conta com um novo parceiro na execução, a Casa dos Saberes Cego Aderaldo, equipamento cultural vinculado à Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará).
Com o tema “O cordel cantando a poesia do sertão”, a FLIC e o II Seminário de Patrimônio Cultural do Sertão Central – 2024 irão trazer uma rica programação com mesas-redondas e oficinas, vivências com mestres da cultura, feiras de cordéis, espaço de gastronomia, sarau e apresentações culturais.