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Com o sítio arquitetônico mais bem preservado e de maior relevância histórica da Região, a cidade de Icó, encravada na região Centro Sul do Estado e a 160 quilômetros de Fortaleza realizou, na noite do último dia 20 de julho, no Teatro da Ribeira dos Icós, dentro do Fórum da Cultura e do Turismo da Região Centro Sul e Vale do Salgado – Fórum Centro Vale, o Whorshop de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Icó. A frente do evento que contou com a presença de lideranças locais e da analista técnica do Sebrae Ceará, Emanuela Moura Toscano, o presidente do Fórum, Vando Rodrigues. Como palestrante do workshop, participou o economista Lauro Chaves.
O evento, que contou com a coordenação do Escritório do Sebrae na Região Centro Sul em parceria com a Prefeitura Municipal de Icó, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Cultura e Turismo, ofereceu a possibilidade de um diálogo mais abrangente sobre as possibilidades de desenvolvimento do município, com base em duas das suas principais vocações: a Cultura e o Turismo.
ATRATIVOS
Rodeado de belezas naturais como o Rio Salgado e pelo sítio histórico barroco tombado pelo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, oriundo do ciclo do charque e carne-seca, época de que esta cidade foi entreposto entre as capitais e o interior do Nordeste, a cidade de Icó é um museu arquitetônico a céu aberto. Ao contrário do que acontece em outras cidades, em Icó, os casarões que povoam algumas ruas da cidade estão em excelente estado de conservação e são habitados pelas famílias que ajudam a cuidar do patrimônio familiar e que também é um dos atrativos da cidade.
Em Icó, o sítio arquitetônico é formado por ruas inteiras dentro do perímetro urbano. Isso acontece porque Icó foi uma cidade planejada pela Metrópole portuguesa. Assim, na primeira metade do século XVII, foi implantado o projeto urbanístico com ruas bem traçadas e retas (delimitando quadras relativamente uniformes), amplas praças e prédios públicos. O sítio nuclear situa-se entre as atuais ruas 7 de Setembro, Ilídio Sampaio e Benjamin Constant, fechando-se ao lado leste com a praça principal.
Integram o conjunto o Teatro da Ribeira dos Icós, datado de 1860 e obra do arquiteto Henrique Théberge, filho do médico e historiador que financiou esta obra neoclássica, Pedro Théberge. É o mais antigo teatro do Estado do Ceará. Formado por dois pavimentos, no térreo encontram-se três galerias; no primeiro andar encontram-se camarotes superiores.
Outra edificação integrante do conjunto é a Casa de Câmara e Cadeia. Datada da segunda metade do século XVIII, foi uma das mais seguras cadeias de sua época. Seus portões são verdadeiras fortalezas. As celas possuem um dos mais perfeitos esquemas de segurança, com paredes que possuem uma espessura é de um metro e meio, as chaves das celas são únicas e pesam aproximadamente meio quilo cada uma. No seu interior encontra-se a capela penitenciária com a imagem de São Domingos (protetor dos presidiários). O prédio compõe-se de dois pavimentos. No andar superior funcionou a Câmara e no térreo, a Cadeia Pública.
Outra construção importante é a Igreja de Nossa Senhora da Expectação. Igreja em estilo barroco, situada no Largo do Théberge, é a Igreja Matriz da cidade Ao lado da igreja do Monte, antes da saída para Orós, encontra-se o cemitério centenário.
