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Economia Criativa e Turismo

Artigo do superintendente do Sebrae/CE discute a relação entre Economia Criativa e Turismo
Por Joaquim Cartaxo
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Passados mais de dois anos do início, ainda muito se avalia quanto à Covid-19 e os impactos causados pela pandemia nas atividades socioeconômicas em todo o mundo. Notadamente, o turismo foi um dos segmentos mais alcançado pelos efeitos danosos relativos à crise sanitária que atingiu o planeta. No Brasil, com o restabelecimento das atividades e o aumento da cobertura vacinal, as atividades relacionadas ao turismo reiniciaram o crescimento e seguem buscando restabelecer o dinamismo pré-pandemia.

Quanto aos diálogos tocantes ao porvir do turismo, ganha intensidade a ideia referente ao turismo de “raio curto”, ou seja, aquele que atrai os visitantes residentes nos territórios circunjacentes ao destino turístico. Este público é por demais valioso e deve ser melhor seduzido pelos empreendedores e lideranças do turismo.

No Ceará, o Sebrae contribui com o ecossistema turístico estruturando roteiros em distintos territórios do estado, oferecendo qualificação, realizando estudos e organizando articulações que atendam às necessidades e interesses dos empreendimentos e atrativos.

Outro ingrediente relevante a ser posto neste debate, diz respeito à integração imprescindível da Economia Criativa com o Turismo. O convívio dos turistas com a cultura local e os moradores dos destinos visitados se transforma em experiências que passam a integrar a relação de atrativos daquele lugar.

Além de fonte geradora de renda e receita pública, a integração entre a Economia Criativa e o Turismo também contribui para que o turista mude a percepção de valor quanto ao destino, o distinguindo não apenas pelas belezas naturais e qualidade dos serviços oferecidos, mas também pelo conjunto de ativos simbólicos produzidos pelo povo do lugar.

Assim, o turista de espectador converte-se em protagonista da própria vivência, graças ao encontro transformador com a comunidade e os conteúdos singulares expressos no artesanato, artes, dança, música, gastronomia e ciências do lugar. O turista espectador do tangível transmuda-se para o ambiente intangível do mundo local, devido ao encantamento e à experiência, fazendo com que o destino se diferencie e atraia mais e mais visitantes.

Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE